sexta-feira, 14 de junho de 2013

O galego-português e as invasões árabes


Levando em consideração as constantes mudanças no latim do norte e a maior conservação do latim nas provincias meridionais, ao início do século VIII a Península Ibérica se divide em dois romances: um setentrional e um meridional, apesar do etado ser apenas um politicamente.
Nesse cenário o galego-português desponta, assim como o futuro castelhano. As transições desses romances era gradativa, o que gerou um continuum linguístico gradualmente diferenciado.
A região de origem do galego-português seria a Gallaecia Magna, visto que até os dias atuais apresenta dialetos, traços fonéticos e lexicais concernentes ao galego e ao português e as diferenciam das outras línguas românicas.
As invasões muçulmanas fazem com que os mapas que estariam prestes a se definir só voltem a ter alguma forma novamente com a Reconquista. Dominando o centro e o sul da Penínsua, principalmente, é nesse território (denominado Andaluz) que nasce o romance moçárabe, cujos seus traços se contrapõem aos romances do norte. Era portanto a língua menos evoluída em relação ao latim.
A invasão muçulmana foi fundamental para a consolidação do galego-português e posteriormente da própria língua portuguesa. Foi através da Reconquista que a disseminação da língua se deu e permitiu sua evolução. Se o reino visigótico tivesse persistido e mantido a Península como um estado único é provável que o galego-português não passasse de um dialeto.

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