sexta-feira, 14 de junho de 2013

Substrato e superstrato

É possível entender como substrato a língua do povo dominado que sucumbe ao novo sistema linguístico de seus dominadores. Essa língua inicial erá um sub uso e influência na língua imposta.
No caso da língua portuguesa, antes do domínio romano, línguas exemplo de substrato são o basco ou língua aquitana) e a língua ibérica.
Um exemplo de sua influência está no F- inicial latino castelhano. No basco não há fricativas, ou seja, não ocorre /f/. Essa fricativa então evoluiu para uma labial surda oclusiva aspirada, e posteriormente perde sua oclusividade ficando apenas como aspirada /h/ e finalmente perde toda a articulação.

FARINA > harina
FILIU > hijo

Já o superstrato é justamente a sobreposição de um idioma (dos dominadores) a outro (dos dominados) mas que a invés de substituí-lo apenas marca-o e que exerce influência no idioma dos vencidos, idioma esse adotado pelos conquistadores.
Suevos e visigodos seriam os povos que mais conviveram com a população ibérica para que fosse possível haver essa influênca linguística. Antropónimos (nomes próprios de pessoa) e topónimos (de lugares) e nomes do campo semântico da guerra ou administração são exemplos da influência linguística desses povos.

WERRA > guerra/bellum > guerra
BURGS > burgus > burgo

Bibliografia:
Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_paleo-hisp%C3%A2nicas
CASTRO, I. Introdução à História do Português. 2 ed. Ed. Colibri, 2006

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