domingo, 16 de junho de 2013

Uma breve análise sobre a história da língua portuguesa

    É de conhecimento comum o fato de a língua portuguesa ser oriunda do latim. Porém, essa origem encontra-se fundamentada em uma variedade oral linguística denominada - erroneamente, se colocada em evidência o caráter depreciativo do termo - como latim "vulgar". Poucos documentos existem acerca do latim vulgar, visto que era mais utilizado em prática oral, enquanto a forma culta do latim fosse mais utilizada em documentos, práticas religiosas e literatura; todavia, com os ciclos de mudança da língua e a formação dos romances, línguas em período de transição, alguns resquícios do latim vulgar podem ser encontrados em dialetos românicos.

     Com o romance instaurado na sociedade da porção oeste da Europa, região a qual posteriormente tornar-se-ia a Península Ibérica, uma nova língua se construiu. Estava formado o chamado galego-português. O idioma era difundido majoritariamente através de seu uso em canções de um período literário conhecido como trovadorismo. Os primeiros cancioneiros (coletivos de canções trovadorescas), que são também os primeiros registros de tal língua, datam do final do séc. XVIII e final do séc XV, levando a titulação, respectivamente, de "Cancioneiro de Ajuda" e "Cancioneiro da Vaticana".
 




       Outros acontecimentos que acarretaram influências linguísticas e são bastante notórios na formação do português arcaico são as diversas invasões que a Península sofreu. A língua dos invasores, conforme os opressores conquistavam o território, sofriam um processo de superestrato em relação ao galego-português.

          Entretanto, nesse momento, o processo criador da língua portuguesa arcaica está bastante avançado, contando com influências advindas desde sua forma primeira, o latim oral com menos formalidade. Dessa forma, inicia-se a consagração da língua falada na faixa oeste da Península Ibérica, a identificação de um povo.

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