Desde os primórdios dessa conquista Roma cuidou de difundir sua língua pelos territórios dominados. Dividida em latim literário (sermo litterarius) e latim vulgar (sermo vulgaris) não é difícil adivinhar qual vertente do se difundiu mais facilmente pela Península.
Soldados, colonos e funcionários romanos que tinham maior contato com o povo dominado falavam a variante mais "simplista" da língua. As diversificações posteriores foram denominadas romances (falar à maneira dos romanos)
Segundo Joseph Herman o latim vulgar é "a língua falada pelas camadas pouco influenciadas ou não influenciadas pelo ensino escolar e pelos modelos literários". Deve-se considerar portanto a escrita literária e sua influência. O afastamento do latim escrito para o falado se percebe de fato no séc V d.C, coincidindo com as invasões bárbaras. Em 813, com o concílio de Tours é consolidada a posição do latim como língua apenas escrita.
A maioria quase absoluta de falantes analfabetos também contribuiu para as variações da língua. O isolamento de algumas áreas, como a Bética, preservava um pouco mais a língua, mas a província Terraconense, por exemplo não resistiria à mudanças. Local de passagem de legionários, colonos e marcadores, a língua na região foi mais afetada por estrangeirismos e até neologismos, necessários para a eficácia das relações.
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¹ Os samnitas eram um povo indo-europeu seminômade que habitava o centro da península Itálica nos idos de 1000 a.C. aproximadamente, e seu território fazia divisa com o Lácio ao norte
Bibliografia:
CASTRO, I. Introdução à História do Português. 2 ed. Ed. Colibri, 2006
CUNHA, C. e CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5 ed. Ed. Lexikon
Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Samnitas
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